11/11/2013 07h28
- Atualizado em
11/11/2013 13h41
Operação prende suspeitos de aplicar golpes bancários em 4 estados
Operação é realizada no Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Espírito Santo.
No Rio, foram cumpridos todos os 11 mandados de prisão.
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Polícia Civil cumpre um dos mandados de prisão em Belford Roxo (Foto: Renata Soares/G1)
Por volta das 6h30, policiais da 54ª DP (Belford Roxo) — que coordena a ação —, prenderam Rogério Manso Moreira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo o delegado Felipe Curi, Rogério, que é ex-candidato a vereador e a deputado federal, agia como lobista com o primo, o irmão e o tio - todos também presos-, para arrecadar dinheiro. De acordo com a polícia, o grupo é responsável por 554 casos de estelionato.
Rogério Manso Moreira foi preso em Duque de
Caxias (Foto: Renata Soares / G1)
"É uma quadrilha que age, principalmente na Baixada Fluminense, mas tem
tentáculos em outros estados também. É uma quadrilha especializada em
golpes bancários milionários, uma das maiores do país. Em dois anos,
eles movimentaram quase R$ 40 milhões, adquiriram 82 caminhões que eram
usados para lavar dinheiro e usavam ainda empresas de fachada para
praticar o crime", explicou Curi.Caxias (Foto: Renata Soares / G1)
De acordo com o delegado, os integrantes da quadrilha faziam a proposta para que pequenas empresas fizessem um trabalho para a prefeitura. No entanto, em troca, esses microempresários tinham que aumentar o capital da mesma. Para que isso acontecesse, eles faziam grandes empréstimos nas instituições financeiras.
"Quando este empresário percebia que não tinha condições de arcar com o custo, os lobistas transferiam a empresa para algum laranja, que também pertencia à quadrilha. E aí era feita uma pirâmide de empréstimo com outras várias empresas", acrescentou. Ainda de acordo com o delegado, entres os presos está um assessor da prefeitura, identificado como Rogério Ramos. Os criminosos agiam principalmente nos municípios de São João de Meriti, Duque de Caxias, Belford Roxo, Queimados e Nova Iguaçu, na Baixada.
Operação prende suspeitos de aplicar golpes
bancários no RJ. (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Caminhões adquiridosbancários no RJ. (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
O delegado explicou ainda que os empréstimos variavam de R$ 1 mihão a R$ 3 milhões e, com isso, a quadrilha adquiriu 82 caminhões, que estão espelhados pelo país e foram comprados com a finalidade de lavar o dinheiro.
"Eles colocaram em empresas de fachada e esses caminhões que dão uma renda para eles. Cada caminhão pode ser alugado por até R$ 5 mil por mês", concluiu.
A megaoperação conta com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 56ª DP (Comendador Soares), 64ª DP (São João de Meriti), 51ª DP (Paracambi) e 50ª DP (Itaguaí).
Polícia Civil faz operação em Belford Roxo,
na Baixada Fluminense. (Foto: Renata Soares/G1)
Sigilo bancário e fiscalna Baixada Fluminense. (Foto: Renata Soares/G1)
Ainda segundo o delegado, a polícia quebrou o sigilo bancário de 35 empresas e 173 contas correntes foram analisadas. Além disso, houve 36 contas interceptadas e 70 mil registros entre ligações e mensagens vasculhados.
O empréstimo variava de R$ 50 mil a R$ 200 mil. "Eles precisavam de empresas com CNPJ antigos para dar continuidade aos empréstimos e quando essas empresas não conseguiam arcar com o valor pego no banco, eles colocavam um laranja deles como sócio dessas empresas. Esses laranjas na maioria das vezes eram pessoas analfabetas", relatou.
O delegado disse ainda que com este esquema, empresas que tinham o capital inicial de R$ 20 mil passavam a ter R$ 5,7 milhões.
A investigação durou sete meses e os presos responderão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica.
Operação da Polícia Civil é realizada no Rio, Paraná, Espírito Santo e Bahia. (Foto: Renata Soares/G1)
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